Alfredo
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Nos seus tempos vagos, reproduzia quadros famosos. Tinha um que gostava
bastante: Monalisa. Lembrava-se de sua mãe dizer, quando observavam o quadro: “
Você tem o mesmo riso cínico.”
Colocou-o na sala para observar a família, que ficavam abismados de como
Alfredo sabia de tudo que acontecia: As traições da mulher e a má educação dos
filhos.
Loucos de raiva, porque ele cortou os cartões de crédito, rasgaram o
sorriso da réplica da Monalisa e se assustaram com tanto sangue que saía da
boca.
Do outro lado da cidade, no trabalho, Alfredo sentiu uma dilacerante dor
na boca.
(Texto extraído do blog do autor, “Fubá grosso com angu de anteontem. Sobremesa: Picolé de
chuchu com pimenta”).
* Eduardo Oliveira
Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense,
com Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a
escritor
A imaginação de Eduardo tem gerado personagens malucos e situações desconcertantes. Sigo o que escreve no Facebook em busca da compreensão da mente dos agentes ficcionais que ele produz com aparente facilidade.
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