Sorrateiro
* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral
Rimas e versos
subiam pela janela:
- Sois bela, sois bela!
O vento traiçoeiro
surrupiava-lhe o som
e ela não mais ouvia.
Logrou enganar a sina
desdita.
Ao primeiro entoar
dos versos,
emaranhou-se
ao vento e conheceu
o poeta, que volúvel,
mirava as outras
janelas.
Em seu quarto
ecoam pelas paredes
as rimas impressas
e ela volta a dormir.
* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
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Achei bonitinho "o poeta, que volúvel/mirava as outras/janelas". Apaixonado, mas não muito.
ResponderExcluirMinha querida poetisa se supera, de uma semana para outra. Quando penso que já publiquei o melhor de seus poemas, eis que ela compõe outro ainda mais bonito e profundo do que o anterior, que era ótimo. Como eu gostaria que o brasileiro valorizasse mais nossos bons escritores e reconhecesse o quão excelente é esta poetisa que aprendi a admirar e cuja admiração não tem limites. Parabéns, minha irmãzinha mais nova, por sua soberba inspiração.
ResponderExcluirLinda metáforas e imagens que dão vida ao que é inanimado. Aos poucos vou entendendo poemas, uma literatura muito difícil para mim. Sábado fiz meu primeiro prefácio, e foi justamente para um livro de poesia. Não fossem seus ensinamentos, Pedro, jamais conseguiria fazê-lo, e olha que todos dizem que sou sensível. Só que eu vejo e não enxergo tudo. Preciso de ler mais e ter mais aulas com o mestre. Ontem repassei o maravilhoso poema de Mário Quintana que você postou no Facebook, e quem o recebeu ficou apaixonada. Obrigada por tudo!
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