sexta-feira, 29 de maio de 2009




Labirintos íntimos

* Por Solange Sólon Borges

O sol se pôs diante da tempestade iminente.
Lágrimas brotam da língua estrangeira da saudade que é fratura.
Palavras de ruptura alteram a biografia e criam grossas paredes
abrigando as catedrais vazias em meus dias exagerados.
O rio que desconhece agora as direções.
Música que cala, voz que não fala.
Amanheço infértil quando sementes morrem em seus vasos.

* Jornalista, dedica-se a diversos gêneros literários. Entre outras atividades, atua em alguns programas “O prefácio”, sobre livros e literatura. Um deles é o programa Comunique-se, levado ao ar pela TV interativa ALL TV (2003/2004). Apresentou, também, “Paisagem Feminina”, pela Rádio Gazeta AM (1999), além de crônicas diárias na Rádio Bandeirantes e na Rádio Gazeta — emissoras das quais foi redatora, repórter, locutora e editora.

2 comentários:

  1. Que "débacle"! Mas a ruína sempre dói e assusta menos, quando referida com palavras e imagens assim especiais, de alto valor poético. Parabéns.

    ResponderExcluir
  2. Ah, nós poetas... dizem que morríamos de tuberculose ou de amor. Tuberculose quase não há mais, mas Solange toca na "saudade que é fratura". Belo

    ResponderExcluir