sexta-feira, 22 de maio de 2009




Despresença


* Por Solange Sólon Borges

“O existir de uma árvore é seu depoimento, o nosso seria alcançar o silêncio?”

Adriana Lunardi

Sua ausência é delito.
Tremo com a febre da despresença.
Eco em quarto surdo onde sempre se entrava.
Cama vaga e travesseiros a mais com arquitetura da dor concentrada.
Nos vimos tanto, nos sentimos tanto...
...por isso agora o estado da invisibilidade e da abstinência?
Onde o seu espírito que faz parte do meu ser que ruiu?
Ressacas furiosas derrotam a praia dos meus sonhos.

* Jornalista, dedica-se a diversos gêneros literários. Entre outras atividades, atua em alguns programas “O prefácio”, sobre livros e literatura. Um deles é o programa Comunique-se, levado ao ar pela TV interativa ALL TV (2003/2004). Apresentou, também, “Paisagem Feminina”, pela Rádio Gazeta AM (1999), além de crônicas diárias na Rádio Bandeirantes e na Rádio Gazeta — emissoras das quais foi redatora, repórter, locutora e editora.

2 comentários:

  1. Uau! Poema avassalador! E aqui o leitor naufraga, não de angústia, mas em estado de gozosa estética. Parabéns!

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  2. Essa dor com a força de mil tsunamis faz gemer altíssimos ais, faz bater a cabeça na parede, faz dar tapas na própria cara. É amar demais!

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