quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Sua


* Por Clarisse da Costa


(para quem não vem)


Como alma a penar
vagando as madrugadas
você invadiu
o meu corpo.
Meu perfume
era o suor da sua pele
colada á minha.

Os seios desnudos
arrebitavam
diante da sua matéria espírita.
Senti você tomando-me
como se quisesse
aprisionar-me
na sua vida;
E por um instante,
não curto,
duas horas
a marcar no relógio,
eu fui inteiramente sua!

O leve toque
das suas mãos
arrepiaram
a minha pele
e os gemidos ecoando
no seu ouvido,
diziam coisas sem sentido
e eu
entregue a você
perdia-me em teu corpo celeste!


* Poetisa de Biguaçu/SC

Nenhum comentário:

Postar um comentário