quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Rosas e espinhos

* Por Carmo Vasconcelos

Vejam a rosa que floresce nos caminhos,
Sujeita à chuva, ventania e males quejandos,
Treme e vacila, aos abanões, f’rida aos espinhos,
Sangra e esmorece, mas renasce a tempos brandos.

E assim as rosas, menos frágeis do que exibem,
(Tal qual eu mesma, ao suportar picos de dor)
Jamais se abatem, e do brilho não se inibem,
E das picadas brota vivo o seu esplendor!

É forte a cor do sangue herdado das raízes!
Flores mimosas, delicadas na aparência,
Nobres e altivas, sempre vencem duras crises! 

Choram seus prantos orvalhados quando a lua
O sol lhes rouba… E se recolhem na dormência,
Mas mal desponta um novo sol, a festa é sua!

* Poetisa portuguesa


Nenhum comentário:

Postar um comentário