Não chores, poesia!
* Por Carmo Vasconcelos
Não chores, poesia, minhas ausências,
se na tristeza em lágrimas te deixo…
Porque breve é meu aparto e meu desleixo
na urgência de abraçar outras carências.
se na tristeza em lágrimas te deixo…
Porque breve é meu aparto e meu desleixo
na urgência de abraçar outras carências.
São desta vida esparsa as contingências,
que me afastam de ti, divinal eixo,
levando-me a rolar, inquieto seixo,
por areias rendilhadas de envolvências.
que me afastam de ti, divinal eixo,
levando-me a rolar, inquieto seixo,
por areias rendilhadas de envolvências.
Mas sempre volto, amada flor, e ajoelho
com alma de menina arrependida,
a pôr-te aos pés meus versos de amor velho.
com alma de menina arrependida,
a pôr-te aos pés meus versos de amor velho.
E tu serás, das flores mais dilectas,
a eleita que levada na partida,
hei-de plantar no azul astral dos poetas!
a eleita que levada na partida,
hei-de plantar no azul astral dos poetas!
*
Maria do Carmo F. Vasconcelos de Figueiredo é poetisa portuguesa
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