Estou vivo
* Por Eduardo Oliveira Freire
O menino
de rua olha vorazmente para a vidraça de um café. De repente, vê um menino bem
vestido sentado à mesa com um adulto que se assemelha a uma sombra.
Sente um
peso no peito e uma tristeza já esquecida. Os olhos azuis do garoto, apesar de
belos, parecem mortos. De repente, ele o olha. O moleque foge para bem longe.
Chora
tanto que se surpreende de ainda ter capacidade para isso. Achava que estava
seco por dentro, mas ao lembrar-se do menino, descobriu que ainda tinha vida.
* Eduardo Oliveira
Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense,
com Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a
escritor
Nenhum comentário:
Postar um comentário