Se eu ver ou se eu vir?
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Uma das minhas
sobrinhas escreveu no face: “Se ela vir”. No início, estranhei e fui pesquisar.
Descobri que “Se ela ver” está erradíssimo.
Realmente, precisa-se
sempre reciclar e revisar nossos conhecimentos, inclusive, em relação à língua
portuguesa. A gente desaprende as regras de concordâncias gramaticais no
cotidiano e escrevemos ou falamos não corretamente.
Todavia, deve-se ter
um bom senso na hora de julgar um indivíduo só porque disse ou escreveu errando
as regras da língua oficial. Por exemplo, se pretendo ser escritor, necessito
estudar com a finalidade de possuir o domínio do meu idioma. Não posso fazer o
que sempre pratico, posto precipitadamente, textos que estão repletos de erros
muitas vezes. Resumindo, para ser um escritor tenho que me inserir nas normas
gramaticais da Língua Portuguesa.
Agora, precisa-se ter
cuidado com a diversidade de pensamentos e registros que existem na realidade.
Desqualificar alguém
por tropeçar numa norma gramatical, não deixa de ser uma forma de exclusão.
Existem indivíduos com
baixa escolaridade que, porém, possuem sabedorias que vão além do saber
escolar. Quantos conhecem profundamente a fauna, a flora e têm outras
habilidades?
Enfim, cuidado em
segregar ao se utilizar os mecanismos da ordem do discurso. Escrever errado não
significa ser burro, mas, na verdade, é uma pessoa que desconhece um olhar
entre tantos neste mundo.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
Aprender a toda hora para tentar errar menos.
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