XVIII Festival
Internacional de Dança do Recife
*Por José Calvino
“Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo
Em sua vida
Eu vou viver
Detalhes tão pequenos
De nós dois
São coisas muito grandes
Prá esquecer
E a toda hora vão
Estar presentes
Você vai ver
(...)
Eu sei que esses detalhes
Vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma
Todo amor em quase nada
Mas, “quase”
Também é mais um detalhe
Um grande amor
Não vai morrer assim
Por isso
De vez em quando você vai
Vai lembrar de mim... “
Recife recebeu diversamente, de 21 a 31 de outubro desse ano,
espetáculos locais, nacionais e internacionais durante uma programação
artística do 18º Festival Internacional de Dança do Recife. A comunidade do
Morro da Conceição, em Casa Amarela está de parabéns, pois foi palco da
abertura do evento, com diversas apresentações ao ar livre.
O que chamou mais atenção do público, principalmente na música jovem da
época, o rock (primeiro movimento musical brasileiro), foi o romantismo do
cantor Roberto Carlos, que na década de 1970, reformulou seu repertório rock’n
roll e se tornou um cantor e compositor basicamente romântico, que mudou seu
público jovem e passou para o adulto, com seus poemas em forma de música.
A composição (em resumo) acima, “Detalhes”, de Roberto e Erasmo Carlos,
iniciou a peça: “As Canções Que Você Dançou Pra Mim”, com quatro casais de
bailarinos, da Focus Cia. de Dança (RJ), embalados por um pot-pourri com
composições interpretadas por Roberto. Todas elas consagradas como clássicos da
MPB.
Foi bem embolada a representação dos bailarinos. Casais da velha-guarda
recordaram as músicas da então jovem-guarda, acompanhados dos aplausos de pé
pela platéia.
*Escritor, poeta e teatrólogo. Blog Fiteiro Cultural – http:josecalvino.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário