O racismo do Brasil cordial
* Por
Talis Andrade
O Brasil exporta jogadores de
futebol. Lá na Europa são chamados de macacos.
Para uns pode doer, para outros o
reconhecimento da beleza da mulher brasileira, considerada a melhor puta do
mundo. Cada país exporta o que tem.
Essas duas afirmativas escondem uma
verdade: o Brasil é um exportador de cérebros. Principalmente de cientistas.
Inclusive médicos pesquisadores. Que trabalham na indústria farmacêutica. Na
indústria de equipamentos de vanguarda de exames médicos. E na medicina
genética.
Esses médicos residem fora do Brasil.
Sua medicina do futuro tem pouca valia para os pobres brasileiros que residem
onde o diabo perdeu as botas.
A maior queixa da mãe brasileira,
favelada e pobre, é que os médicos parecem que têm nojo: evitam tocar nas
criancinhas negras nos postos de saúde.
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e
Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes
jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal
do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem
11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem”
(Editora Livro Rápido).
Uma matéria jornalística mostrou que morrem mais mulheres negras em atendimentos de emergência do que de qualquer outra cor.
ResponderExcluir