O segundo assassinato de Joaquim José da Silva
Xavier
Por Antonio
de Campos
O Maior
Brasileiro de Todos os Tempos acaba de ser eleito.O escolhido – Francisco
Cândido Xavier. Nada contra São Francisco Xavier do Brasil, Santo não
canonizado por ser espírita, kardecista.
No tempo em que no Brasil ainda havia resquícios de cultura e cidadania, quadro com a imagem de Tiradentes – pendurado na parede –, na sala da diretoria, fazia parte do ambiente e da atmosfera educativa da escola e as crianças, com respeito e sentimento, de manhã, antes de as aulas começarem, como passarinhos, cantavam o Hino do país que as acolhera para que dissessem presente à chamada e à Vida.
Qualquer
caboré do primário e qualquer homem do suado e cinzento dia-a-dia sabiam que o
Maior Brasileiro de Todos os Tempos chamava-se Tiradentes.
Quando um
povo troca um Mártir, um que deu sua vida, se imolou para o libertar do jugo
econômico e cultural externo, que até hoje nos faz curvar a cerviz, como boi
atado à canga que o oprime, por um religioso – pertença ao credo que pertencer
–, muito pouco ou quase nada pode-se dele esperar, muito pouco ou quase nada
pode-se por ele alguma coisa fazer.
O mais
trágico de tudo – essa equivocada escolha terá reflexos negativos nas próximas
eleições municipais*, e nas eleições vindouras para Governador, Congresso e
Presidência da República, vença quem perder – o povo, sempre!
* Escritor
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