sexta-feira, 15 de março de 2013


Canção do tempo

* Por  Alberto Cohen
 
O tempo sorri com seus dentes cariados
de devorador de tanta gente e sonhos
que acreditaram nele como solução.
 
Medroso e agachado espero que ele passe
a farejar, sequioso, a trêmula caça,
mais um troféu de guardar no porão.
 
Tempo, tempo, mentiroso tempo,
por que fingiste ser, por tanto tempo,
um mero contratempo de canção?

    * Poeta e escritor paraense

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