Corrupção
também é crime
*
Por Emanuel Medeiros Vieira
A
Campanha da Fraternidade de 2018 foi lançada na Quarta-Feira de
Cinzas, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O
tema deste ano “Fraternidade e Superação da Violência” e o
lema “Vós sois todos irmãos”.
“Os
grupos sociais vulneráveis são as maiores vítimas da violência”,
afirmou o presidente da entidade, cardeal Sérgio da Rocha (de
Brasília).
Segundo
o clérigo, a campanha deste ano aponta formas e tipos de violência
no Brasil, dando destaque às praticadas contra os negros, os jovens
e as mulheres.
O
presidente da entidade listou também como prática violenta a
corrupção.
“A
corrupção é uma forma de violência e ela mata”, disse o
cardeal.
“Ao
desviar recursos que deveriam ser usados em favor da população, os
políticos acabam promovendo uma outra forma de violência contra o
ser humano, a miséria”, reforçou o cardeal.
Eu
complementaria: não só os políticos, cardeal.
O
religioso também criticou também os políticos que vêm adotando em
seu discurso o uso da violência como forma de combate à violência.
Numa
leitura mais profunda, Dom Sérgio da Rocha, está combatendo o
fascismo como forma de superação da violência.
“É
UM EQUIVOCO ACHAR QUE SUPERAREMOS A VIOLÊNCIA, RECORRENDO A MAIS
VIOLÊNCIA”, arrematou.
Na
Bahia, Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil
(catarinense de Brusque) afirmou: “Vamos trabalhar para a cultura
da paz prevaleça, domine a gente viva em um mundo onde, ao menos,
haja respeito mútuo".
(Salvador,
Bairro da Graça, março de 2018)
*
Romancista, contista, novelista e poeta catarinense, residente em
Brasília, autor de livros como “Olhos azuis – ao sul do
efêmero”, “Cerrado desterro”, “Meus mortos caminham comigo
nos domingos de verão”, “Metônia” e “O homem que não amava
simpósios”, entre outros.
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