segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mundo tumultuado

* Por Roberto Corrêa

O que nos entristece é que entre as inúmeras lições do Mestre destacamos quando afirmou que veio para que todos tenham vida e vida em abundância e que, em  nosso mundo cotidiano, pelo contrário, nos deparamos com incrível complexidade de decepções e sofrimentos. É evidente, pois, que algo se encontra errado, e cada um deve ter sua responsabilidade pelos erros cometidos.

Não adianta chorar o leite derramado e pela própria experiência pessoal, cada um deve por sua vez pelo menos tentar contribuir, no sentido de que, ao menos parcialmente seja possível ainda recuperar aquela abundância de vida que nos foi sinalizada.

No esforço individual, constatamos que o Divino Mestre está sempre presente e graças a essa magnífica comunicação, as benesses divinas chegam de forma adequada e eficiente.
Assim, verificamos que em inúmeras portas visionadas poderíamos bater, eliminando o pensamento negativo de sermos mal recebidos. Enchendo-nos da Divina coragem nelas batemos e surpreendemo-nos com frequência.

Ao contrário daquele comum negativismo deparamo-nos, então, com a generosidade e o espírito magnânimo de muitos seres humanos que nos despertam intensa satisfação e alegria. Outrossim, segue a constatação que o Divino Mestre, no empenho de não violar aquele ensinamento que inicia este texto, nos permite ou facilita a recuperação daquela abundância aparentemente evaporada.

Na recuperação daquela abundância desfeita no tumultuado mundo de hoje, nos acenam que a ausência do dinheiro excessivamente concentrado na mão de poucos seria a responsável pela maior parte dos sofrimentos, pois não permitiria a fruição dos bens necessários à vida digna. Válido em parte, pois, faltando a saúde a infelicidade persiste, sendo assim, deve-se procurar paz e ventura em bens mais duradouros e incorruptíveis. Desta forma, o objetivo da vida humana deve consistir na incansável perquirição de bens espirituais que não são destruídos pelas traças, cupins ferrugens et caterva de que nos falam as palavras religiosas sagradas.

Ao finalizar caímos, quase sempre, na evocação dos princípios religiosos transmitidos pelos nossos antepassados imbuídos todos no Cristianismo. Damos graças a Deus de não termos nascido nos revolucionários países asiáticos onde as revoluções são constantes e a sanguinolência não tem fim, face aos princípios religiosos ali reinantes.


* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.

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