Sorveteria Botijinha*
** Por
José Calvino
Essa tradicional Sorveteria se localizava inicialmente na Pracinha do Diário, onde também existiam o Café Chile, o Salão Elite, Chapelaria Colombo e Casa Louvre, fazendo daquele logradouro um dos Pontos de Encontro mais importantes da cidade naqueles idos, quando recebia a denominação popular, durante os carnavais de “Quartel General do Frevo”.
A
Sorveteria naquela época era ponto de referência para os visitantes de outras
cidades, principalmente do interior: “depois das compras vamos nos encontrar,
do lado da Botijinha...” Talvez atraído também pelo movimento dos cinemas na
parte mais ocidental da cidade, ou pela construção do Prédio do Banco Lar
Brasileiro “O ARRANHA CÉU DA PRACINHA”, essa Sorveteria passou a funcionar na
sala nº 146 da Rua Matias de Albuquerque. Seu primeiro proprietário foi Carlos
Pena, pai do Poeta do Savoy e de outras românticas partes do Recife.
Era um
lugar freqüentado por pessoas da elite recifense. Ao ser transferida para a
Matias de Albuquerque, localizada próximo ao Fiteiro Cultural de número 145,
ainda vivenciou belos dias até o início dos anos 60, ficando, porém, totalmente
fora de seus padrões iniciais, sendo apenas, como tantos outros bares do Bairro
de Santo Antônio.
Aconteceu
fechar as suas portas definitivamente, deixando o Fiteiro Cultural com seu espaço
livre, para receber os seus clientes (os que gostam de ler).
* Extraído do livro "Fiteiro Cultural", pp. 200-1 (Vide Recife das Sorveterias, "Fiteiro Cultural", pp. 174-5)
*
Formado em comunicações internacionais, escritor, teatrólogo, poeta, compositor
e rei do Maracatu Barco Virado. Como escritor e poeta, tem trabalhos publicados
nos jornais: Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e
em vários sites... Tem 12 títulos publicados, todas edições esgotadas. Blog
Fiteiro Cultural: http://josecalvino.blogspot.com/
Todos nós trazemos na lembrança as sorveterias de então e as suas belas histórias.
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