segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Manuel Bandeira e banalidades

* Por Talis Andrade

Jornalista não escreve sobre coisas banais. Exclusivamente coisas sérias. Não é que se deu certa vez o Rubem Braga escrevinhou sobre a falta de assunto! É isso aí. As banalidades ficavam para os poetas, os cronistas, e todos foram postos para fora das redações.

Ficou o exemplo. Por arremedo e adestramento os colunistas são mais sérios que os editorialistas. Conseguem ser mais sérios e chatos.

POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL

Manuel Bandeira

“João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num
barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado”.

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 13 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Romance do Emparedado” (Editora Livro Rápido) e outros à espera de edição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário