segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Deixa

* Por Verônica Aroucha

Deixa
Deixa-me na minha extinta rua escura
Nem um fio de cabelo pisca o teu olhar

Deixa-me nesta extinta rua
dos desamores
dos bem-te-vis
das samambaias.

Deixa-me na extinta rua dos amores
perfeitos
Como os dedos de uma criança
Brincando de navegar.

Deixa-me
Na minha extinta rua da amargura
Onde a lua esquece de pairar
Onde o Sol não aquece.

Deixa.
É apenas uma alma que sobrevoa.


* Poetisa

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