segunda-feira, 4 de junho de 2012

O caseiro

* Por Talis Andrade

Tudo tão sem desígnio
como se não tivesse
existido um início
Como se não tivéssemos tido pai
como se não tivéssemos tido mãe

As amantes os amigos estão sempre de partida
As amantes os amigos estão sempre retornando
de mãos vazias

Vão e voltam
com suas confissões de agonia
a vida desperdiçada
numa malsinada correria

As amantes os amigos estão sempre de partida
Sobrevirá o dia
o dia
que não mandarão notícias

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

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