Mistério
* Por Clóvis Campêlo
Meus males os atribui à chuva
quando interessava-me ter respostas,
e minha nudez sobre a mesa posta
era mão aflita a procurar a luva.
Meus medos os atribui ao vento
quando em busca de um porto mais seguro
mantinha a vida como o meu futuro,
singrando mares de puro tormento.
Porém, se foi a chuva com o medo,
o vento dissipou o mal bem cedo,
hoje navego em outro hemisfério,
levado pela força da paixão,
movido pelo instinto da razão
e perseguindo também o mistério.
• Poeta, jornalista e radialista
sábado, 30 de junho de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário