* Por Edir Araujo
Desiludido, do amor enojou-se
e ao jejum entregou-se
Também, pudera!
Sua consorte o abandonou..
Oh! Quê falta de sorte!
Trocou-lhe por outro
Bem apanhado de bolso
E o coitado chorou...
Chorou todo o seu pranto
O desejo, nele não mais se achou
E o infeliz amargou toda a dor...
Os carinhos, não tem mais nenhum
Está feito dor, renúncia e desprezo...
Vive em completo jejum
Não por amor à bandida
Que lhe é falecida...
Ah! Quê triste jejuar!
Jejuar de amor é morte renhida,
A vida perde todo o sentido
Mas enfim;
a vida tornou-lhe triste
E triste ficou...
tornou-lhe avesso
E do avesso ficou...
* Edir Araujo é poeta e escritor, autor dos livros GRITOS E GEMIDOS E A PASSAGEM DOS COMETAS.
É automático sentir pena desse coitado. É que sabemos como é, já que por muitas vezes estivemos em situação semelhante. Boa parte encontra uma saída, mas outros saem apenas desta para a outra vida, a eterna, e algumas vezes por escolha. Tão bem contada a sua história Edir, que dá vontade de maltratar a ingrata.
ResponderExcluirO jejum não consola, isola. Resta ao menos
ResponderExcluiro desejo incontido e a vontade rebelde.
Concordo, jejum de amor quebra o gosto
pela vida.
Abraços Edir.