segunda-feira, 23 de agosto de 2010




Gotas de chuva

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral

O tempo fechou
e o céu desabou.
Gotas de chuva
caem no chão
crestado.
Não corro,
ando devagar
saboreando as
gotas pesadas.


Uma mulher
Velha corre,
tem roupa
no varal.
A mulher nova
também corre
pra não molhar
o vestido novo
que só usou
no Natal.
Um menino ruivo
da cor de ferrugem
não corre, apenas
sorri sentindo um
mudo prazer.

A chuva agora diminui...
salvaram-se as roupas
do varal e o vestido
novo da moça...
aquele do Natal.

* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário

7 comentários:

  1. Gostaria de pedir desculpas pelo sumiço, mas
    estava ilhada sem internet.
    Perguntaram-me se tive crises de abstinência...não.
    Foi uma fase limitadora apenas. Senti falta do Literário.
    Agora me aguentem, estou de volta.
    Abraços a todos

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  2. e voltou com tudo,talento sobrando,sensibilidade brotando


    beijos,até

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  3. Nubia, gostei imensamente do poema, vc. transmite muita sensibilidade. Parabéns! Que bom que voltou! Beijos!

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  4. Edu

    Sayonara

    Eu me sinto abraçada por vocês.
    Beijos meus queridos amigos

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  5. Seja recém-admitida como comentarista,Núbia, e quando a chuva desabar, não corra,fique para enfeitar os dias e as noites com chuva e sem chuva. Para o nosso bem, já que enfrentar o mundo de cara limpa, sem o poder enebriante da poesia é impossível. Não é de hoje que digo: o que seria de nós sem os poetas?
    PS: Não vim ontem porque o sono me derrubou antes da hora, mas nunca é tarde para retornar e comentar.

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  6. E nunca é tarde para voltar e lhe agradecer.
    Obrigado pela recepção e carinho
    Beijos

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  7. Que poema lindo, Núbia. Não pare! continue escrevndo seus poemas que adoro!
    Beijos

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