segunda-feira, 30 de agosto de 2010




Desapego

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral

A bonequinha de porcelana
empoeirada.
O porta-jóias já sem cor.
Um espelho embaçado
que reflete almas
distorcidas.
De olhos fechados
deixo para trás o que
passou.
Fecho a porta e
travo o portão.
Com um gesto
deliberado
limpo a poeira
das mãos no
vento...
Que essa história
seja varrida
no tempo.

* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário

4 comentários:

  1. Que lindo, Nubia! Difícil praticar o desapego, mas muito necessário...beijos!

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  2. O vento varrendo poeiras e lembranças que no momento doem pareceu-me uma imagem poética amarga, mas cujo efeito foi doce ao apaziguar a dor que precisa ser esquecida.

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  3. Obrigado Sayonara e Mara.
    O desapego é doloroso mas, liberta.
    Beijos nas duas.

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  4. poema lindo já havia lido a algum tempo atrás,que talento é esse hein?de onde brota tanta inspiração?

    beijos

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