sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Editorial - A hora da verdade


A hora da verdade



A hora da verdade finalmente chegou para os candidatos a presidente da República, governadores, senadores (dois por Estado), deputados federais e estaduais, em uma das eleições mais tensas e renhidas da história contemporânea do País. Dentro de apenas 48 horas, 147,3 milhões de eleitores habilitados a votar irão exercer, mais uma vez, seu sagrado e inalienável direito de voto. Da sua soberana decisão vai depender o destino do Brasil nos próximos quatro anos. Esta será uma das maiores eleições do mundo, em número de votantes, em quantidade maior do que as populações totais de 197 dos países com assento nas Nações Unidas. Espera-se que desta vez a escolha dos eleitos para os vários cargos em disputa seja pensada, refletida, livre e racional e que recaia nos mais preparados para gerir, com dinamismo, eficácia e competência, os destinos dos Estados e do País, nos poderes Legislativo e Executivo nacionais e estaduais. Os cidadãos já esgotaram sua cota de erros. Não têm mais (na verdade, não temos) o direito de errar!!! A menos que haja monumental surpresa, não detectada por nenhuma pesquisa, teremos, fatalmente, um segundo turno para a presidência e para governadores de alguns Estados (não todos). Quem vai enfrentar quem nessa oportunidade? A decisão será sua, exclusivamente sua, prezado eleitor!

Vamos conversar um pouquinho, tête-a-tête, numa boa? Você analisou atentamente os programas e os antecedentes dos candidatos ou vai se deixar levar, mais uma vez, simplesmente pelo marketing político ou por simpatia pessoal? Ou vai ser influenciado por pesquisas, muitas delas até contestáveis, e votar em quem está na frente, simplesmente para dizer que votou no vencedor, sem nenhuma convicção ou análise? Atentou para a importância do voto? Sabe que esse exercício democrático é mais do que mera obrigação, se constituindo, na verdade, em sagrado e inalienável direito? Está pronto para exercer essa prerrogativa com seriedade, responsabilidade e espírito cívico? Está disposto a cobrar o cumprimento das promessas daqueles que escolher, caso sejam eleitos? Não?! Mas deveria!

O voto, na verdade, nada mais é do que uma procuração passada a alguém para que tome decisões em seu nome. Portanto, você será cúmplice daqueles a quem outorgou essa responsabilidade, em caso de se corromperem ou agirem com improbidade e incompetência. Restam ainda 48 horas para sua reflexão, tempo no qual sua decisão ainda pode ser mudada. Depois que você apertar a tecla verde, na qual está escrita a palavra "Confirma", da urna eletrônica, não haverá volta atrás, se a escolha for equivocada. Pense, portanto, duas, cinco, dez, mil vezes, se necessário, antes de expressar a sua confiança em um presidente, um governador, dois senadores e um deputado estadual e outro federal. Não vote em alguém simplesmente porque foi sugerido por algum parente, vizinho ou amigo. Nem apenas por causa do partido a que ele pertence, pois no Brasil, salvo raras e honrosas exceções, estes não passam de meras siglas, muitas de aluguel, com pouco, ou nenhum significado ideológico. Pesquise antes se as pessoas em quem pretende votar estão de fato preparadas para governar e para legislar em seu nome. E, em circunstância alguma barganhe seu voto, nem o troque por absolutamente nada, por alguma fortuita promessa de emprego, por objetos, dinheiro ou seja lá o que for. Isso é crime! E se tal negociação "espúria" for descoberta, e denunciada, você pode ter sérios (e merecidos) problemas com a Justiça. Tão corrupto quanto o que suborna é o subornado.

Não traia seu Estado e, principalmente, seu País, elegendo pessoas despreparadas. As consequências de uma escolha desastrada são sempre muito graves, gravíssimas para toda a população. Implicam, sobretudo, em atrasos no nosso desenvolvimento, além da multiplicação e agravamento dos problemas. E não se omita. Tenha personalidade e não deixe a decisão de eleger o melhor presidente, o melhor governador e os melhores senadores e deputados para os outros. Não anule seu voto. Vote! Mas faça-o com consciência, sabedoria e convicção! E boa sorte!

Boa leitura!

O Editor.


(PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 205 DO JORNAL "AQUI PAULÍNIA", EM 05.10.2018).



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