A
jornada
* Por
Thereza Rocque da Motta
Para
Antônia Krapp Tavares
Enquanto
vivemos à parte nas sombras
existe
um moinho que gira constante.
Embora
não o vejamos
ele
reluz à clareira na praia
com
suas pás girando no ar.
Há
tantas coisas que existem sem nós
flores
e rios
animais
que nascem e morrem
sem
que saibamos.
Não
saber é uma bênção e um desdém.
Não
somos necessários ali.
Para
que servimos senão para nossa própria vida?
Enquanto
o rio desce por suas margens
ele
não vê quem o olha
e
inconsciente de si e do outro
prossegue
sua jornada
como
se não existisse.
*
Poetisa, advogada e tradutora
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