Esquecimento
* Por
Núbia Araújo Nonato do Amaral
Para
Orlando Pimentel
Durante
a caminhada
no meu cotidiano
esqueci de reparar.
Esqueci de observar.
As pedras se esquivaram
de meus pés, os pássaros
mudaram de galho.
Diante da minha indiferença,
o vento se esgueirou pelas
brechas da montanha e mudou de rumo.
Dei-me conta do meu endurecimento,
da minha solidão.
Chorei como criança que se perde da mãe,
chorei como criança que despenca da cama
durante o pesadelo, chorei como criança que
desaprendeu a rezar.
Se não mais pedras, nem
passarinhos.
Se não mais vento e só solidão,
então que eu possa me reerguer
diante dessa cegueira e enxergar
pelo menos os meus pés.
no meu cotidiano
esqueci de reparar.
Esqueci de observar.
As pedras se esquivaram
de meus pés, os pássaros
mudaram de galho.
Diante da minha indiferença,
o vento se esgueirou pelas
brechas da montanha e mudou de rumo.
Dei-me conta do meu endurecimento,
da minha solidão.
Chorei como criança que se perde da mãe,
chorei como criança que despenca da cama
durante o pesadelo, chorei como criança que
desaprendeu a rezar.
Se não mais pedras, nem
passarinhos.
Se não mais vento e só solidão,
então que eu possa me reerguer
diante dessa cegueira e enxergar
pelo menos os meus pés.
*
Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário
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