A onda
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Vem e destrói tudo que
se construiu em anos. Sua irracionalidade ancestral assusta. Aparece, de
repente, num dia tranquilo em que você passeia devagar a olhar as belezas
muitas vezes ocultas pelo cotidiano e ela vem, engolindo-o.
Não tem para onde
fugir, pois se esparrama violentamente e os destroços viram armas fatais.
Depois de tudo terminado, surge a calmaria. Vai embora, aparentemente.
Na verdade, está
adormecida em algum lugar ou até dentro da gente.
Até um dia acordar...
Pode demorar eras e anos, porém, sempre desperta.
Vejam a História para
perceber isso.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
A irracionalidade da Natureza, ou sua implacabilidade, como nos escreveu ontem Pedro Bondaczuk.
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