segunda-feira, 27 de junho de 2016

Quando o tempo para

* Por Talis Andrade


Nenhum pregão dos ambulantes
na feira
nem a alegria das brincadeiras
das crianças no parque
nem a voz de um transeunte perdido
nem o sussurro dos amantes
escondidos
Nenhum som de chuva
no telhado
de ventania nas janelas
Nenhum bater de asas
Fora e dentro da casa
o desgosto
o silêncio do abandono
Na solidão da casa vazia
os espelhos não refletem
nenhum rosto
Não existem fantasmas
na solidão

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).



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