Enclausurado
* Por
Samuel C. da Costa
Para negra Valquíria
Enclausurado estou!
Nos teus braços incorpóreos
Oh minha sagrada diva
Fico eu...
Embriagado pelo eflúvio
Sutil!
Da Halfeti!
Do jardim dos sonhos
Das
Hepérides!
Vem minha amada...
Despida de todos os mistérios
Vem pura!
Vem
completa...
Entrega-te por inteira
Em noites sidéreas
Lascivas
Noites perdidas
No tempo e no espaço
Dou-te...
Todo meu profano amor
Devoto a ti
Deusa Luna!
São as minhas quasimodas mãos
A percorrer o teu corpo nu!
A desvendar-te por completo
O teu sagrado ser infindo
Quero perder-me!
Na majestosa torre de marfim
Oh misteriosa negra Valquíria
Vem ninfa do bosque
Faze-me juras de amor
Juras profanas
Lascivas
Juras eternas
Vem minha deusa profética
Vamos juntos orvalharmos
No profano vergel
Banharmos em luar
* Poeta
de Itajaí/SC
Nenhum comentário:
Postar um comentário