Dignidade
* Por
Núbia Araujo Nonato do Amaral
Diana arrasta um corpo pesado
de um passado de servidão.
Profissão de engasgar gato
vista com maus olhos, sem
justa causa ou perdão.
Na varanda colonial do seu
teto conquistado com muito
labor,
Diana ainda abaixa os
olhos com vergonha, com pudor.
Ninguém lhe dá bom dia,
ninguém sequer lhe dá razão.
Diana quer apenas o sono
dos justos enquanto o pão
que alimenta a família
resgata sobre a mesa
a sua dignidade.
* Poetisa, contista, cronista e colunista do
Literário
"Ninguém sequer lhe dá razão". Que dura e vergonhosa realidade.
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