Pílulas
literárias 156
Vejo-a me observar e vou ao seu encontro. Saíamos da festa e passamos a
noite juntos. Quando amanhece, encontro um bilhete na cama: “Pensei que
fosse ele, mas não é. Agora, preciso seguir minha vida em paz”.De repente,
invadiram-me recordações que não eram minhas... Era outro indivíduo que vivia
num lugar distante e que tinha uma noiva. Sempre desconfiei que houvesse um
sósia meu por aí. Alguns anos atrás, senti sua morte.
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EXCLUSIVO!!!
Boneca inflável,
Sherylaura, vai ao baile funk sem calcinha e fica grávida. Justiça convoca
todos os homens que foram ao baile para fazer o teste de paternidade. A criança
nasceu hoje, mas infelizmente Sherylaura murchou depois do parto.
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NADA
PESSOAL
Uma vez, encontrei Helena numa rede social, parecia estar tão bem.
Adicionei-a, mas ela não me aceitou e me bloqueou, até. Só compartilhou essa
mensagem: "Há pessoas que me fazem lembrar de coisas que quero esquecer.
Não é nada pessoal, mas, não desejo encontrá-las".
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O
MENINO
Sempre tinha o rosto angelical. Quando sentia raiva ou tristeza,
transferia tudo para o boneco através dos sonhos. Ao amanhecer, ficava
renovado. Um dia, quando voltou para escola. Encontrou um bilhete: “Me
libertei de você, não vai mais desaguar nada em mim". A partir desse
momento, o menino não teve mais os traços tão angelicais.
* Eduardo Oliveira Freire é formado em
Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, com Pós Graduação em
Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
A vingança do brinquedo assassino. São tantas as nossas loucuras, Eduardo. O primeiro conto é aterrador, no tocante do sentir-se outra pessoa. Dá medo.
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