quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Cautelosa

* Por Masrleuza Machado

Sentada espero. Não por cansaço; prudência é a palavra.

Ao me entreter com o pior, seu oposto pode ter desfilado sob meus olhos e escapou à percepção em momentos de descuido.

Sangrei com murros em ponta de faca. Fui à comoção com lágrimas de crocodilo.

Tenho um emocional aborrecido por eu ter sido escada para quem precisava sentir-se maior, mais homem.

Não há desesperança, desilusão, tampouco mágoa; tomada de consciência é o termo.

Doravante, meu coração terá discernimento para perceber aquele que me quer bem ou aquele que somente me quer.

Este último não merecerá meu olhar.

• Poetisa e jornalista

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