Por Suzana Vargas
Enquanto rabisco tua espera no papel
surges disfarçado pela imagem
nem sempre feliz
que de ti faço
Ela mistura força e covardia
e uma porção medrosa masculina
mesclando incoerências e mentiras
a um tom angelical irrefutável
se ouço tua voz
Por ela
uma mulher aceita
todos os demônios, inclusive a preguiça
e as contas impagáveis que contrais
Enquanto garatujo esses minutos
te vejo, enfim, sem ideais
e aceito em ti
o que é possível aceitar em mim
* Poetisa gaúcha, radicada no Rio de Janeiro, autora de literatura infantil e ensaísta. Tem 16 livros publicados, entre os quais “Sombras chinesas” , “Caderno de Outono” (indicado ao Prêmio Jabuti) e “O amor é vermelho”.
Lindo! Apaixonei pelo homem do rabisco com suas forças e suas fraquezas. Demais!
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