* Pot André Luís Aquino
Quando penso em uma mulher vulgar, me vem imediatamente no pensamento a imagem de uma secretária que trabalhava na empresa em que eu trabalho. Apesar do cargo requerer beleza, charme, simpatia e certa postura, essa moça vinha trabalhar sempre com roupas curtas, justas e decotadas, que revelavam mais do que deveriam.Embora ela fizesse a alegria de toda a rapaziada do escritório, e de todos os homens do recinto por onde ela passava ficarem vidrados nela, ela não era muito bem falada, e tampouco respeitada.Por suas costas os comentários sempre eram pejorativos e deselegantes.Nós homens somos implacáveis em nossos comentários sobre os atributos físicos que se destacam nas mulheres.Certo ou errado, isso é um fato.
Porém não quero dizer que vulgaridade restringe-se apenas à roupa que se veste, vai muito mais além do que isso, mas também depende do bom senso do ambiente que se escolhe pare exibir determinadas roupas e – principalmente – de como as pessoas as veste. A moça até poderia usar roupas decotadas e justas sem ser vulgar, bastava zelar por detalhes como, por exemplo, não deixar a roupa intima (bem pequena) marcada na calça. E eram esses descuidos dela que transmitiam a vulgaridade. O caso contrário também é válido: uma mulher pode se vestir como uma santa, mas seu modo de agir a condenar.
Para evitar aquela coisa de julgamento errado, quando se conversava com ela notava-se que era muito ingênua, e que seu comportamento era muito mais fruto do ambiente onde tinha nascido e sido criada do que propriamente malicia. Ela personificava perfeitamente o estilo “bonita, mais burra”, embora eu romanticamente falando a visse muito mais com uma “pin up”. Se ela estivesse vestida assim numa balada estaria arrasando, mas no escritório certamente a prejudicaria profissionalmente.Tentei alertá-la, mas não deu tempo.Resultado: foi demitida ainda no prazo da experiência.Dizem as más línguas que sua demissão foi determinada por outra mulher.
O contraponto a secretária era a nossa supervisora, uma mulher de atitude, já tinha sido secretária como a outra, porém foi sendo promovida pela postura e pela capacidade.Vestia-se de maneira sóbria e discreta, embora fosse bastante feminina, com belos batons, sapatos e brincos.Segundo ela, sua origem humilde servia ainda mais de motivação para se destacar, queria ser diferente.Mulher moderna.
Comprando as duas, enquanto uma se comunicava com as pessoas através do corpo a outra usava sua inteligência para se expressar. E no ambiente profissional, pelo menos no meu foi assim, a mulher de atitude superou a mulher vulgar.
• Poeta
Concordo até certo ponto, pois há controvérsias.
ResponderExcluirSe a instituição é séria, vai levar em conta
a postura e modo de se vestir, que infelizmente
traduz muito da personalidade.
Se a moça em questão fosse esperta, observaria a conduta das outras funcionárias e provavelmente mudaria seu modo de vestir.
Nada tenho contra o vestuário, mas há que se tomar cuidado com os excessos.
Abraços