* Por Eduardo Oliveira Freire
Quando o marido morreu sentiu tristeza, alegria, gozo, dor, remorso, saudade, ira, medo, ansiedade...
O marido não foi mau, pelo contrário, um bom homem. Ela gostava da sua companhia, mas queria experimentar outras sensações. Ao mesmo tempo, sentia-se bem com a proteção dele.
Em alguns momentos tinha ódio do marido ser tão bondoso e ela, cheia de defeitos. “ Meu amor, por que se foi?”. “ Sou má.”. “E agora?”. Receberá uma boa pensão, entretanto temia o desconhecido. Imaginou um amante, este pensamento lhe provocou pavor e frisson.
Ria e chorava. Acharam-na histérica. De repente, jogou-se na vala onde estava o caixão e segundos depois pediu socorro.
Desejava morrer e viver.
* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, com Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
Ambiguidade total.
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