* Por Eduardo Oliveira Freire
ACONCHEGO
No sonho ouço uma música. Vejo um menino com os pais e irmãos. Alguém o chama pelo nome que conheço. Espere aí! Eu me chamo assim e este menino sou eu... O casal dançava ao som da canção, enquanto eu e os outros ficávamos a observá-los, achando graça de tudo. Acordo. Estou deslizando num barranco. Levanto e caminho em um córrego de águas cristalinas. Tudo à minha volta está se desmanchando. Encontro alguns viajantes sem rosto. O silêncio impera. Não tenho uma face também. Entretanto, o sonho e a música me conchegam. Droga! Deslizei no barranco outra vez... No sonho ouço uma música...
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- ESTOU COM TÉDIO...
Quando ouvia o irmão dizer isso, escondia suas bonecas. Não sabia muito bem o significado da palavra, mas entendia o perigo que havia por de trás dela. Principalmente, para suas "filhas".
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PROCURA-SE SONO
Desapareceu numa certa madrugada...
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FRAGMENTO AO VENTO
Estou apertando muito o botãozinho do foda-se, mas tudo tem um preço. A conta sempre vem. Não posso me esconder, tenho que pagar sem reclamar. Sou adulto e consciente dos meus atos. Estou esperando a campainha tocar, sei que a conta está chegando...
* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, com Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
Não me recordo de ter visto menino brincando de bonecas sozinho e as chamando de filhas. Junto com as meninas, sim.
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