quinta-feira, 14 de junho de 2012

A grande farsa


* Por Edir Araujo

Oh sempiterno amor!
No meu canto fiquei
Sem tugir nem mugir
Neste mundo sensabor

Oh sempiterna dor!
Neste mundo sensabor
Quieto no meu canto
Sem tugir nem mugir
Mais morto que vivo

Nessa história tão ridícula
Encenada por mim; polichinelo!
Eis aqui esse palhaço
Boneco enfeitiçado q’ te amou
Sublime solidão me envolve agora
Longe desta farsa tão medonha...


* Poeta e escritor, autor dos livros GRITOS E GEMIDOS E A PASSAGEM DOS COMETAS

2 comentários:

  1. Mas nesta grande farsa restou-lhe os sentimentos
    que ocupará teus pensamentos emprestando-lhe um
    sopro de vida.
    Abraços

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  2. Ser palhaço é ser ridículo, e durante a execução do número a solidão é a maior de todas, quanto a palhaçada, nem sempre é farsa.

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