* Por Guilherme Scalzilli
A ínfima parcela dos brasileiros que faz alguma idéia do assunto se divide entre aqueles que acreditam em Gilmar Mendes e os que desconfiam de sua honestidade.
Os crédulos repercutem a Veja como se ela tivesse algum lastro jornalístico e merecesse a mínima consideração intelectual. Para eles, a toga de Gilmar Mendes lhe confere um estatuto moral superior, impermeável a radiações nebulosas. As pretensas autoridades da revista e do ministro fazem com que seus seguidores mergulhem numa pane de ingenuidade paralisante, vertiginosamente acrítica e manipulável.
Recolhidos ao manicômio, relatariam a seguinte fantasia aos médicos estupefatos: o ex-presidente mais popular da história republicana, preocupado com um julgamento do qual não participa, arriscou o imenso patrimônio político para chantagear um notório desafeto. Não um desafeto qualquer, mas figura desprestigiada até na própria instituição a que pertence. Ignorando as suspeitas de espionagem e traições que pairam sobre o interlocutor, o antigo mandatário encontrou-o pessoalmente, sem intermediários, na companhia de um dos personagens menos indicados para a indigesta ocasião.
Claro que aos poucos a fábula vai ganhando outras tonalidades, ficando o dito pelo subentendido, o fato pela versão, a coisa pela imagem que mais se aproxima dela. Em breve todos se afastarão do logro, alegando que apenas reagiram a um estímulo de momento, que não endossaram o que foi dito, que apenas disseram-que-disseram e que isso é jornalismo investigativo.
Aproveitemos que eles estão ainda na fase persecutória para estudarmos o nível mais aviltante da patologia.
*Jornalista, advogado, historiador e escritor, autor dos livros “O colar da Carol ta na grama”, “A colina da Providência”, “Pantomima”, “Acrimônia” e “Crisálida”.
Fabricaram o DEMóstenes assi, como fabricaram o Collor. Lideres forjados em escritórios com ar condiciado. Líderes bem longo da realidade do povo, com partidos hora inventados hora longe da realidade do povo. A PiG passa para a história como apêndice das correntes mais conservadoras na nossa sociedade. O Brasil tem um chance única de se livrar dessa corrente do atraso e fazer justiça social de fato e de direito.
ResponderExcluirFabricaram o DEMóstenes assi, como fabricaram o Collor. Lideres forjados em escritórios com ar condiciado. Líderes bem longo da realidade do povo, com partidos hora inventados hora longe da realidade do povo. A PiG passa para a história como apêndice das correntes mais conservadoras na nossa sociedade. O Brasil tem um chance única de se livrar dessa corrente do atraso e fazer justiça social de fato e de direito.
ResponderExcluirSamuel Costa
Desconfio que vai ficar "o dito pelo não dito"
ResponderExcluirou coisa parecida...
Abraços Guilherme