De amarelo
* Por Deborah Brennand
Hoje devo me vestir de amarelo:
espantar os olhos negros da solidão,
tal a luz do girassol de ouro dourado
que abre pétalas iluminando nuvens.
Quem saberá (nem ela mesma) o artifício
usado para enganá-la? Sonhos? Jardins?
Não digo. Hoje me visto de amarelo
e vou, nos ramos, entoar da ave o canto.
Quero espantar olhos de solidão
que vem das grutas e abandona montes
para comer a relva rubra do meu coração.
Mas hoje, de amarelo, espantarei a fera
Fugindo, à procura de outra vítima:
Quem sabe, a mata?
• Poetisa, membro da Academia Pernambucana de Letras e autora dos livros “O punhal tingido ou livro de horas de dona Rosa de Aragão”, “Noites de sol ou as viagens do sonho”, “O cadeado negro”, “Pomar de sombras”, “Claridade”, “Maçãs negras” e “Letras verdes”.
* Por Deborah Brennand
Hoje devo me vestir de amarelo:
espantar os olhos negros da solidão,
tal a luz do girassol de ouro dourado
que abre pétalas iluminando nuvens.
Quem saberá (nem ela mesma) o artifício
usado para enganá-la? Sonhos? Jardins?
Não digo. Hoje me visto de amarelo
e vou, nos ramos, entoar da ave o canto.
Quero espantar olhos de solidão
que vem das grutas e abandona montes
para comer a relva rubra do meu coração.
Mas hoje, de amarelo, espantarei a fera
Fugindo, à procura de outra vítima:
Quem sabe, a mata?
• Poetisa, membro da Academia Pernambucana de Letras e autora dos livros “O punhal tingido ou livro de horas de dona Rosa de Aragão”, “Noites de sol ou as viagens do sonho”, “O cadeado negro”, “Pomar de sombras”, “Claridade”, “Maçãs negras” e “Letras verdes”.
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