Fé
* Por Pedro J. Bondaczuk
Impalpável,
insensível, sem imagem.
Incolor,
inodora, inaudível.
Além
da Terra, das águas, dos astros.
Indimensionável,
conceito,
Imponderável
e amorfa
força
imensurável:
remove
montanhas!
Ilimitada
pelo espaço
supera
as barreiras do tempo,
move
galáxias e mundos.
Constrói
civilizações,
leva
o homem à Lua,
gera
conhecimentos,
desvenda
mistérios,
cura
moléstias e dores.
Conforta,
exalta, redime
e
mora dentro de nós.
Rege
gestos, guia passos,
produz
ideais e reflexões.
No
quadro negro da mente,
painel
luminoso de valores,
o
tempo exalta, sedimenta
e
destaca a importância da fé.
(Poema composto em Campinas,
em 5 de maio de 1975).
*
Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de
Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do
Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções,
foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no
Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios
políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance
Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas),
“Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da
Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º
aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio
de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53,
página 54. Blog “O Escrevinhador” –
http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Alguma fé em alguma coisa é necessária. Sem nada, impossível manter a coerência mental.
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