O
flamboyant e os poetas
* Por
Alcides Buss
O
flamboyant, assim como faz o manacá
de cheiro, segura-se na terra.
Em seus braços, tão aéreos,
o ar ensaia o trapézio.
Nas pernas, bem juntas, proliferam-se
os dedos e as unhas.
Nas mãos, que são muitas, se juntam
as folhas – as folhas prolíferas
dos poetas inéditos,
refratários incuráveis à razão
e que melhor se saem
nas nuvens que no chão.
de cheiro, segura-se na terra.
Em seus braços, tão aéreos,
o ar ensaia o trapézio.
Nas pernas, bem juntas, proliferam-se
os dedos e as unhas.
Nas mãos, que são muitas, se juntam
as folhas – as folhas prolíferas
dos poetas inéditos,
refratários incuráveis à razão
e que melhor se saem
nas nuvens que no chão.
*
Professor
universitário e poeta
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