Bendito da esperança
* Por
Talis Andrade
A seca
tudo cerca
tudo seca.
A seca
quando chega
no Sertão
come
o gado
a plantação.
Nossa Senhora
Mãe de Deus
doce e clemente
escute a oração
dos penitentes
escute o choro
dos retirantes
dando a água
que nos molhe
dando o pão
que nos alimente
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel
em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a
sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife),
“Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados,
entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
A seca só é bonita na forma de poema e de palavras, mesmo duras.
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