• Por Jair Lopes
Sempre li sobre o “branco” que eventualmente acomete a mente criativa do escritor de modo que ele nada consegue escrever em certas ocasiões. Alguns costumam chamar essa síndrome de “pavor do papel em branco” ou crise de ideias originais. Não sou escritor, não tenho pretensão de me igualar a essas mentes privilegiadas, mas também estou passando por um período de seca, não consigo extrair nada de novo de meu cérebro e colocar em palavras. Normalmente consigo escrever num ritmo de tal sorte que costumo ter “em estoque” cerca de dez ou doze textos prontos para serem publicados. Esse modus operandi visa garantir que em períodos moderados de seca eu possa publicar alguma coisa até que me venham as ideias novamente. Pois é, alguns dias se passaram desde que esgotei meu estoque de textos e nada que se aproveite surgiu ainda. Parece que estou com a mente oca, passo os dias assistindo as Olimpíadas e nada me ocorre. Devo dizer que meus melhores textos sempre vêm de um estímulo qualquer através da leitura, normalmente de livros. Até isso está me faltando, nada leio há dias, os livros estão se acumulando e não encontro vontade de abri-los, assim, acabo olhando para as paredes com a mente vazia. Meu cérebro está totalmente em branco e não vejo saída, quem souber de alguma fórmula que consiga ativar mentes congeladas, por favor, me socorra, me tire deste constrangedor limbo literário, não vejo luz alguma no fim do túnel.
• Escritor, autor dos livros “O Tuaregue” e “A fonte e as galinhas”.
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