* Por Guilherme Scalzili
O colapso dos transportes controlados pelo governo paulista chegou a níveis inéditos. Superlotação desumana, filas absurdas, panes técnicas e confusões generalizadas viraram ocorrências diárias no sistema de trens e metrôs da capital. Em meio a tudo isso, há contínuas denúncias de corrupção envolvendo os contratos da área.
E é coisa antiga. A novidade atual vem da inevitável divulgação dessa calamidade, que nem a imprensa corporativa consegue omitir. Tanto disfarçaram a realidade, aliás, que chegamos a tal nível de esculacho.
Pois não aparece uma análise ou um editorial sequer chamando isso de “apagão”, como os indignados já fizeram exaustivamente em outras circunstâncias. Claro que o termo, razoável para simplificar surtos de queda de energia, serve pouco ao debate sobre os reais problemas de estrutura que vitimam o contribuinte, como a paralisação momentânea dos serviços aéreos. Mas por que desaparece agora, quando o colapso é continuado e atinge milhões de pessoas?
Talvez porque os comentaristas políticos não usam metrô, vai saber.
*Jornalista, advogado, historiador e escritor, autor dos livros “O colar da Carol ta na grama”, “A colina da Providência”, “Pantomima”, “Acrimônia” e “Crisálida”.
Aqui no Rio de Janeiro as coisas não diferem
ResponderExcluirmuito, a coisa "tá" feia e as autoridades
estão longe de sanar o problema.
Abraços