*Por Fernando Yanmar Narciso
Ah, os homens e a sua incrível arrogância... Cremos que podemos controlar tudo que nos cerca, até mesmo o universo, e que a raça humana foi criada para durar para sempre. A geração 2000 será lembrada por nossos descendentes como a era da preocupação. Não é nenhuma novidade que tudo tem de ir para algum lugar, como dizia o Beakman. Se há uma coisa que os humanos entendem é de produzir lixo, afinal somos grandes esbanjadores. Adoramos nos exibir para os outros com nossos tablets, nossos Ford Fusions que dirigimos na avenida tirando onda, mas só vamos conseguir terminar de pagar 10 anos depois que morrermos, nossas TVS de 60 polegadas com tela de LEDs e óculos 3D...
Mas a maior questão agora é o que fazer com todos os restos do que consumimos e qual o verdadeiro impacto que a humanidade causa no equilíbrio das leis da natureza. Essa soou importante, não foi? Sou a favor de colocar todo o lixo em ônibus espaciais e lançar na superfície do sol, mas minha opinião não vem ao caso agora.
Pois bem, na década que passou, os liberais hippies abraçadores de árvores americanos vieram com a idéia que NÓS somos os grandes culpados de todos os desastres naturais que têm acontecido no mundo desde a revolução industrial, aí inclusos terremotos, tsunamis, enchentes, derretimento da Antártida, desertificação das savanas africanas e o surgimento de Michel Teló e Latino.
Depois daquele documentário de 2004, feito pelo ex vice-presidente americano Al Gore, o mundo ficou apavorado e não se fala de outra coisa desde então além de aquecimento global, ou para os menos escolarizados, o “esquentamento do praneta”. E o pânico só cresceu depois que Roland Emmerich, o diretor de Hollywood que mais arrebentou com o mundo até hoje, lançou no mesmo ano do documentário de Gore a ficção científica- e põe ficção nisso!- O Dia Depois de Amanhã e, como se fosse pouco, rodou o “levemente exagerado” 2012 cinco anos mais tarde.
Mas, por incrível que pareça, não há motivo para pânico, minha gente! No último dia 4 o climatologista James Lovelock, o Nostradamus do aquecimento global, admitiu que suas previsões apocalípticas também estavam exageradas. Não há nenhuma ligação entre a ação do homem e as alterações climáticas, e como se não bastasse, as armas que os politicamente corretos usam contra o resto de nós para justificar o aquecimento como emissão de CFCs, o buraco na camada de ozônio, o efeito-estufa e a flatulência das vacas no pasto não passam de suposições.
As alterações no clima até que estão acontecendo, mas não num ritmo tão acelerado como os bonzinhos da vez insistem em nos dizer. Há alguns anos, Lovelock profetizou que até 2100 as conseqüências do esquentamento do praneta mostrariam sua cara feia em definitivo, e não sobrariam muitos humanos vivos para contar a história. E daí? Alguns de nós sequer estaremos aqui amanhã! O povo do futuro que se desdobre pra limpar essa caquinha, se é que ela existirá. E assim dona Dilma terminou com um tremendo abacaxi nas mãos, pois essa revelação de Lovelock bate direto contra a decisão de aprovar ou não o novo código florestal, e os líderes mundiais ficaram praticamente sem assunto para a RIO +20.
No entanto, não se precipitem, escravos libertos da correção política. Essa derrubada das teorias do aquecimento não quer dizer que recebemos sinal verde pra comprar carros mais poluentes, ou deixar os aterros sanitários ainda mais abarrotados, ou mandar mais tratores derrubar a Amazônia para fazer shopping centers, ou soltar pum sem parar. Precisamos sim cuidar do meio ambiente para que nossos descendentes tenham um lugar melhor para viver que o nosso- Que sonho...- mas não porque os governantes mandaram. Tudo no planeta é transitório. Algum dia, espero que seja em breve, a raça humana deixará de existir, e o mundo seguirá adiante. E macaquinhos serão vistos brincando com a sacolinha plástica que não se dissolveu em 400 anos e com o par de Ki-chutes pendurado pelos cadarços na já inútil rede elétrica.
*Designer e escritor. Site: HTTP://terradeexcluidos.blogspot.com.br
Achei o texto palpitante e digno de muitas discussões, sem contar o ar de piada, que, junto ao sério nos faz rir da nossa própria burrice. Afinal, o que queremos para nós e nosso planeta?
ResponderExcluirobsolescência programada para a morte anunciada no nosso planeta terra... Excelente texto, me faz lembrar Adorno, Marx.
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