Foto:
Eglantine Mendes
Sambão
no Morro
* Por
José Calvino
“Quero
que o sol
Não invada o meu caixão
Para a minha pobre alma
Não morrer de insolação
Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela...”
Não invada o meu caixão
Para a minha pobre alma
Não morrer de insolação
Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela...”
A composição
acima “Fita Amarela”, de Noel Rosa, foi cantada por Karynna
Spinelli, domingo (24/07/2016),
comemorando a volta ao seu lugar de origem, no Morro da Conceição
(Zona Norte do Recife). No Recanto da Sofia e no de Tamyres, as
sambistas Sevi, Mhayara, Juliana, Jacqueline, Janayna com o seu filho
Zé Pedro, que fazem parte do Grupo Samba do Morro, sambaram diversos
sambas de roda. A comunidade do Morro está contentíssima com a
volta dos eventos que acontecia sempre, trazendo benefícios para a
comunidade, gerando emprego indireto e atraindo turistas até do
exterior. No Bar da Geralda, houve um show relâmpago... Mas, aí já
é outra história.
Já
eram quase treze horas, quando fomos prestigiar o Clube do Samba do
Recife, evento artístico-social organizado pela cantora pernambucana
Karynna Spinelli, que voltará a reunir todos últimos domingos
de cada mês, fãs do samba de raiz para uma tarde dedicada ao ritmo.
São cinco horas de festa, sempre a partir do meio-dia às dezessete
horas, na quadra da Praça D. Odete Gomes de Almeida do Morro da
Conceição. Karynna Spinelli, que ganhou o Brasil com o samba de
raiz, agradeceu os aplausos merecidos do público em sua performance
magnífica.
Finalizamos
com um parabéns pra sambistamiga pelo seu sucesso, sempre no ritmo
do samba. Enfim,
termino esta crônica com as letras do “Maracatu Barco Virado”:
Olha
que batuque, minhagente,
eu quero mostrar,
é o Barco Virado,
pra todo mundo dançar.
Dança preto e dança branco,
no Maracatu da Mata,
já dançavam os escravos,
sob o som dos atabaques.
O Maracatu no Paço,
ao paço pela tarde,
os reis vão assistir,
o rítmico do passo...
a alma negra está em nós,
o espírito da liberdade,
o batuque no terreiro,
este samba é de nós.
Dança, dança, minha gente,
hoje não há mais escravos,
e vamos sambar,
eu quero é sambar,
eu quero é sambar...
eu quero mostrar,
é o Barco Virado,
pra todo mundo dançar.
Dança preto e dança branco,
no Maracatu da Mata,
já dançavam os escravos,
sob o som dos atabaques.
O Maracatu no Paço,
ao paço pela tarde,
os reis vão assistir,
o rítmico do passo...
a alma negra está em nós,
o espírito da liberdade,
o batuque no terreiro,
este samba é de nós.
Dança, dança, minha gente,
hoje não há mais escravos,
e vamos sambar,
eu quero é sambar,
eu quero é sambar...
*Escritor,
poeta e teatrólogo.
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