A vida e os tempos mudaram
* Por Roberto Corrêa
Dá a impressão que os tempos são os mesmos: dia, sol, noite, lua, frio,
calor e assim por diante. Mas, aprofundando a reflexão, notamos que sendo a
vida movimento e a liberdade do homem ampla, constatamos que, de modo geral,
tudo mudou.
No afã de aproveitar o máximo da natureza com o mínimo esforço, muito se
destruiu e, na atualidade, tendências ecológicas surgem por todos os cantos,
pela necessidade de preservá-la e evitar sua depredação ou degradação ainda
maior.
Lógico que se tudo mudou, a vida ou maneira de ser vivida tinha também
de sofrer os efeitos das novas situações, ambientais e outras. E agora, na
segunda dezena do século 2.000, estão se exteriorizando impulsos e formas de
viver reprimidos e ainda não vistos pelas gerações anteriores.
Parece-nos que a tendência anárquica anda proliferando fartamente, como
explicitam jornais e noticiários televisivos. Quase todos os dias grupos
infiltrados por anarquistas predominam nas manifestações populares que deveriam
ser reivindicatórias, mas pacíficas. Tais grupos passam a depredar o que veem
pela frente, inclusive prédios públicos, principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo
e grandes cidades razão pela qual podemos temer que as próximas eleições virem
também perigosa bagunça, podendo pôr em risco nossa ainda precária democracia.
A vida familiar que até os idos de 60-80 se sustentava cambaleando na
forma tradicional, recebeu em 1977 o impacto da Lei do Divórcio e todas as
porteiras da sexualidade contidas e controladas foram abertas, permitindo
avanços das libertinagens na pluralidade de suas infindas variações.
Com a libertinagem sem freios, nada podendo ser proibido, o livre
arbítrio, impedindo qualquer censura e restrição o SIM com absoluto predomínio,
o NÃO banido do vocabulário, como temos acentuado em nossos escritos, ignoramos
qualquer boa previsão sobre o futuro.
Damos graças a Deus, mais uma vês, por sermos um país nascido e criado
sob a égide do Cristianismo e assim termos a quem recorrer em nossos temores e
sobressaltos. Esperamos, pois, que a Misericórdia Divina, sendo infinita, os
misteriosos efeitos da Redenção de Jesus alcancem seus filhos que Nele confiam
e fazem de tudo para manter a fé e a esperança.
* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da
Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e
Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas.
Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se
aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles
"Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo
Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e
Curiosidades, O Homem Só.
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