quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Salto

* Por Sayonara Lino

Saltei.

Não havia garantia, o instrutor parecia fragilizado, o equipamento não foi testado.

Não procurei saber se seria seguro, tomei uma dose de coragem e parti.

Embora tudo apontasse para o erro, foi bom. Eu estava leve, serena, disposta.

Não havia rede de proteção, um risco enorme. Ainda assim caminhei rumo ao desconhecido e encontrei algo muito valioso.

Foi rápido. Não houve garantias. Não há garantias. E isso não me pareceu tão assustador. Estava plena.

Há os que saltam de pára-quedas. Parecem mesmo corajosos. E há os que saltam na vida diária, aos trancos, e sobrevivem.

Esses corajosos costumam se fortalecer a cada aparente queda.

• Jornalista, fotógrafa e colunista do Literário

Um comentário:

  1. Caso real? Que maravilha! Não tenho coragem nem de voar, e muito menos de saltar.

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