domingo, 14 de outubro de 2012

Risco

* Por Lêda Selma

Fechei-me em teias
e nos fios de minhas sinas
estrangulei-me.

Mas sobrevivi ao rufar de asas.

Fecundei silêncios
e desatei a solidão
que me repartiu em nadas.

E sobrevivi ao cadáver de tantas dores.


• Poetisa e cronista, licenciada em Letras Vernáculas, imortal da Academia Goiana de Letras, baiana de Urandi, autora de “Das sendas travessia”, “Erro Médico”, “A dor da gente”, “Pois é filho”, “Fuligens do sonho”, “Migrações das Horas”, “Nem te conto”, “À deriva” e “Hum sei não!”, entre outros.

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