domingo, 12 de agosto de 2012

Saudade

* Por Lêda Selma

Saudade é candeia
baça e sem azeite,
ferida de silêncio
em peito espoliado,
momentos idos
na solidão dos rastos,
rebelião de dor amotinada.

Saudade é guizo
de ventos viajores,
sonho flagelado,
sumiço de estrelas,
noite a esvaecer
na sombra do abismo
que seviciou a lua
e esfolou a madrugada.

• Poetisa e cronista, licenciada em Letras Vernáculas, imortal da Academia Goiana de Letras, baiana de Urandi, autora de “Das sendas travessia”, “Erro Médico”, “A dor da gente”, “Pois é filho”, “Fuligens do sonho”, “Migrações das Horas”, “Nem te conto”, “À deriva” e “Hum sei não!”, entre outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário